Como comparar o mergulho na Patagônia a qualquer outro no planeta, e o que é melhor na Patagônia, a natureza ou a comida? Bem, na Argentina hoje “los hermanos” se perguntam qual foi o melhor jogador de futebol do mundo, Maradona ou Messi ? A resposta: eles têm o melhor mergulho com lobos marinhos do planeta.

A Patagônia é uma região muito extensa, começando aproximadamente na Latitude 42 Sul, e terminando no ponto mais extremo ao sul das Américas. É banhada pelo Oceano Pacífico no Chile e Atlântico na Argentina, com regiões a beira mar, em grandes extensões de pradarias e cerros, e com as montanhas geladas e nevadas da Cordilheira dos Andes. Nós desembarcamos em Puerto Madryn, principal destino turístico da Península de Valdés, há mais de 1.500km de Buenos Aires.

Os moradores da Patagônia a chamam de “terra do fim do mundo”. Para nós brasileiros,  está mais próximo que muitos pontos turísticos de nosso próprio país, apesar de quase completamente desconhecida do grande público. Certa ou não, essa definição é muito bem empregada se considerarmos a magia deste lugar. Um refúgio de grandes mamíferos, escolhido a dedo e abençoado para ser na Terra, um espaço único de encontros e acontecimentos ímpares, sem precedentes e sem igual.

O nosso time só a conhecia superficialmente, por documentários da National Geographic, ou, viajando no tempo e espaço, nos filmes de Jacques Cousteau que acompanhamos na juventude.

Na chegada, logo no caminho entre o aeroporto e nosso primeiro hotel, o visual era deslumbrante. Do lado esquerdo a maior fonte econômica da região – ALUAR – empresa que beneficia alumínio, principalmente o brasileiro da Alcoa, a nossa direita um deserto semi-árido que contorna toda a península e a nossa frente o Atlântico Sul em suas calmas águas do Golfo Nuevo. Ali já avistamos, a poucos metros da praia, um ponto negro que aparentemente se movia. Nosso motorista e guia terrestre dos próximos dias, o jovem Matheu, aponta, e com a naturalidade de quem mostra um pardal no jardim, diz: “bajena”. Estávamos a menos de meia hora no chão, após um vôo muito tranqüilo, e já avistávamos a primeira baleia.

A cortesia e simpatia de nossos hermanos nos impressionava. Discutíamos: onde está a arrogância argentina de que tanto falamos? Em todos os lugares éramos recebidos por um gentileza ímpar. Direto do aeroporto para o hotel e para a sala de reunião. Começava a nos impressionar também, o profissionalismo dos envolvidos na viagem. Literalmente não nos deixaram sem atividades durante todos os dias em que estivemos em terras patagônicas. O esforço no trabalho era um dos exemplos maravilhosos sobre atendimento e hospitalidade no turismo que todo mundo que viaja espera.

Após a reunião, onde nos apresentaram em linhas gerais o que era o destino Patagônia naquela região, e nos apresentamos e nos foram apresentados os operadores de mergulho locais, um pulo no quarto para desfazer as malas e “bora”  jantar. Todos os restaurantes onde iríamos nos deliciar já estavam reservados pelos nossos anfitriões. Puerto Madryn começava a mostrar outra face de seus tantos atrativos. É uma capital gastronômica. De culinária requintada e excelente qualidade. E, como não poderia deixar de ser, regado a deliciosos vinhos Argentinos.

Comentários: “Me esbaldei com 13 ótimas garrafas ao longo dos 5 dias. Um deles um MALBEC da região que leva o nome pelo qual seus moradores a chamam: Bodega Del Fin Del Mundo. Envelhecido em barricas de carvalho francês e americano por 12 meses. Vermelho-granada profundo com reflexos violáceos. Frutado com aroma de violetas,  nos remete ao figo seco, tabaco, chocolate e baunilha. Na boca, sua entrada é doce, de taninos suaves, bem balanceado, pleno, amável, muito saboroso e de longo final. Simplesmente “dos deuses”. Devo essa a Mário, o simpático contador de histórias e que definiu a sobremesa acima, que nos recomendou a garrafa”.

Na primeira manhã de trabalho, apesar de ser 8:30 h, ainda estava escuro quando nos encontramos com Jorge da Master Divers e Carolina da Scubaduba, que num atendimento em conjunto, tiveram a missão de nos mostrar os 2 primeiros dos 6 mergulhos que faríamos na Península. Novamente a hospitalidade impressionou. Muita atenção aos nossos equipamentos, nossas necessidades, e regados a um bom mate (nosso chimarrão) para aquecer.

No caminho, Carolina, proprietária da embarcação, nos conta sobre o comportamento dos Lobos Marinhos da região. Informa que iremos atracar em uma bóia próximo uns 80 metros de distância da Loberia – uma praia de pedra ao pé de uma falésia gigantesca de cor vermelha que reflete um tom laranja sob o mar com o sol ainda no horizonte, levantando preguiçosamente. Os “80 metros” de distância nos deixou meio preocupados quanto a ter realmente tanta interação com os lobos marinhos como nos “venderam” na tarde anterior. Então Jorge, sempre muito bem humorado diz para não nos preocuparmos: “eles vão lhes mordiscar todinhos”.

Nem paramos a embarcação e, como se tivéssemos combinado, começa uma avalanche de centenas de lobos marinhos entrando na água. Fêmeas e filhotes, em questão de segundos, estão cercando a embarcação. Para cair na água era preciso pedir licença. O mergulho não passa de 7 metros sendo a maior parte feito a 4 metros de profundidade. Não é preciso nadar para se divertir. Basta ficar parado que o “ataque” se inicia. Os lobos carinhosamente vem até sua máscara, te olham nos olhos, mordiscam seu capuz, sua roupa, puxam suas nadadeiras. E começamos a rir um com os outros.

Um deles brinca com a válvula da roupa seca do Joe. Um a abre, Joe a fecha, ele abre novamente, Joe fecha, ele abre, Joe lhe pega pelo queixo e faz sinal de não. Ao soltar bolhas o lobito olha de um lado, de outro e repete o que acaba de ver, soltando dezenas de bolhas. Joe cai em riso sozinho, se sentindo criança de novo. “O sentimento pelo qual me faz ir para água sempre. E que fazia alguns meses não sentia. A vontade, nessas horas, é de esquecer o mundo lá em cima e ficar aqui… Onde a paz ainda reina em nosso planeta”.

As vezes é difícil encontrar o companheiro de mergulho. Estão atrás da parede de “lobitos” que os circundam. Kadu é o que mais sofre, pois para tirar as fotos tem que ficar tirando os leões que brincam com seu equipamento. Um deles descobre o interruptor do flash. Ele acende. Kadu desliga.  Ele acende. Kadu desliga. Parecem cãezinhos domesticados que fazem de tudo para ter sua atenção, e sua inteligência impressiona. O fundo coberto de seixos é um playground para os pequenos mamíferos. Eles capturam as pedras e a soltam da superfície. Repetem o ritual dezenas de vezes. O tempo voa. Saímos da água após 1 hora de magia.

Todos se sentindo crianças. Nem o frio nas mãos de quem caiu sem luvas, ou entrou com as luvas comuns no mercado brasileiro, finas, com couro nas palmas, nos incomodaram embaixo d´água. Na superfície é que sentimos o impacto de ter mergulhado sem proteção adequada nas mãos. Quatro “baita” Instrutores, mergulhadores de situações extremas como as cavernas, todos de roupas secas… Aí vai a primeira dica, a água é fria. Em junho pegamos entre 9 e 10 graus, a partir de novembro vai pra 12, 14 graus. Usar luvas grossas, 5 mm, oferecidas por eles, não tem preço. Jorge, jogando água quente em nossas mãos (mais uma vez, hospitaleiros e preocupados com nosso conforto) não perde a oportunidade: “Joe… Quando você caiu sem luva pensei: que brasileiro macho. Agora te vendo assim, penso: que brasileiro burro”. 

O próximo mergulho foi feito no Naufrágio Emma, que afundou devido a um encalhe seguido de incêndio. Isso deixou várias estruturas abertas, por onde a luz penetra e o visual fica espetacular. As penetrações são fabulosas, repletas de passagens e restrições, mas simples de fazer, sempre com luz vindo de todos os lados, o que garante a segurança na saída e um festival de cores e tons. A água dentro do naufrágio é ainda mais limpa e ao seu redor, o que mais nos chamou a atenção foram os salmões. Acostumados a vê-los apenas nas mesas de “sashimi”, quando avistamos os primeiros até lembramos que eles têm cabeça…! Bem, na navegação de volta, baleia aqui, balei ali, baleia lá.

Na varanda do hotel, andando pelas ruas, almoçando em restaurantes, enfim, em todos os lugares, basta dirigir seu olhar para o mar e lá estão elas. As Baleias Francas Austrais. Às dezenas. Machos, fêmeas e filhotes. Se acasalando, nadando livremente, saltando. A população local as tratam como nós quando vemos um cão na rua. Ou seja, a coisa mais normal do mundo.  Elas fazem parte do dia a dia da cidade. Demorou uns 4 dias para não ficarmos prestando atenção a cada vez que ouvíamos um novo esguicho. Sensacional.

Todos os dias revezamos mergulhos matutinos com visitas a outras partes da Província, próximas de Madryn. Nesta tarde fomos fazer um passeio de 4 x 4 pelas dunas em Punta Loma para visitar uma Estação Ecológica, a Lomeria, onde do alto das falésias, pode-se admirar os Lobos Marinhos e as Francas. Reconhecemos a Loberia lá do alto. Pode-se  fazer passeios neste Parque de 4 x 4, quadriciclos, a cavalo ou de bicicleta. A escolha é sua, a diversão e o espetáculo é garantido.

No dia seguinte, mais dois mergulhos. Novamente, Jorge, agora no barco sua operadora, foi ajudado por Fernando, outro proprietário de Dive Center, o Abramar Buceo, em mais uma operação cooperada, exemplo de bom entendimento entre concorrentes que estão ali mais para mostrar o potencial do destino que suas proezas pessoais. Novamente um naufrágio, desta vez o Folías, afundado propositalmente para ser um parque de diversões para os mergulhadores. Está repousando com pouquíssima inclinação, em posição natural, aos 24m de profundidade. São 40 metros de diversão e penetrações.

Como as fotos mostram, os naufrágios neste pedaço de água fria do planeta, e por isso repleta de nutrientes, são de um colorido deslumbrante. Mas a proteção da baía torna os pontos quase sem correntes, e então uma camada muito fina de sedimentos, especialmente dentro dos naufrágios, torna qualquer proximidade de suas nadadeiras, e principalmente, contato direto com o fundo ou paredes, potencialmente perigoso para levantar suspensão e baixar a visibilidade. Então só penetre nos naufrágios do local se for treinado para isso. Lembre-se que mesmo do lado de fora, a diversão é garantida !

Preste atenção nas cores incríveis de toda a vida “colada” ao naufrágio. Por ser um dos primeiros locais nas Américas a ser uma área de preservação ambiental, os peixes se deixam aproximar e muito. Garoupas, chernes e budiões “vem na mão”. A proximidade lembra aqueles noturnos mais tranqüilos que fazemos, realmente com uma proximidade muito grande dos peixes. Isto aqui não é o Caribe, não tem tanto peixe, mas isso torna o ponto muito, muito atrativo.

Para o segundo ponto, como estávamos só entre Instrutores, nos levaram para conhecermos um dos pontos mais abrigados, um conjunto de pequenas plataformas, dispostas próximo à praia, numa profundidade que variava de 9 a 12 metros, que utilizam para a prática de aulas de mar de cursos básicos e algumas especialidades. Afinal, Puerto Madryn é a “capital argentina de mergulho”. Muitas escolas de mergulho, de Buenos Aires, Córdoba e outras cidades argentinas descem até Madryn para realizar seus check outs. Um mergulho simples, incomparável aos lobitos e naufrágios, mas para conhecermos uma estrutura diferenciada e preparada para este fim específico.

A tarde foi a vez de visitarmos Playa El Doradillo para ver baleias na praia.
Lá fomos nós para El Doradillo. Uma praia de tombo, toda de pedra. Ao chegar olhamos para o mar e “conferimos”: É.. não tem baleia na cidade. O mar estava repleto delas. E o melhor,  a praia de tombo permite que elas cheguem a 3, 4 metros de distância. De acordo com a direção do vento é possível se molhar com os esguichos. Inacreditável. Insuperável. Maravilhoso. No topo da montanha um observatório. Na placa de contagem de quantidade de baleias avistadas no último turno dos observadores, estava anotado o número 42 diferentes.

No dia seguinte, continuou o “rodízio” de operadores, agora com o Fernando e com Mariano, este proprietário da Operadora Aquatours. Uma coisa interessante. Como todos os pontos a exceção da “loberia” são muito próximos, nossos equipamentos são levados de carro até o estacionamento onde ficam as embarcações de mergulho. Os guias montam os equipos no barco e vêm até a praia, onde embarcamos já vestidos com as roupas de mergulho, e nas mãos apenas o básico, e claro, equipamento fotográfico. Mais um naufrágio artificial, agora o Albatros. Novamente aos 24 metros, como nos explicaram, profundidade ideal para um avançado, ou especialidade de profundo e de naufrágio, e para não trazer perigo algum as embarcações que passam por ali. Este barco, apesar de um pouco menor, apenas 28 m de comprimento, também na posição de navegação e com pontos bons de penetração, sendo que se deve tomar os mesmos cuidados explicados anteriormente.

Quando saímos da água, uma boa surpresa, um grupo de quatro baleias machos tentando cruzar com uma fêmea, muito próximos. Os guias, enquanto nos davam uma aula sobre o procedimento de reprodução das francas, falavam baixinho e nos explicavam. Não podemos entrar na água para mergulhar com elas onde elas estão, mas se elas se aproximarem de nosso ponto de mergulho (ainda estávamos amarrados ao naufrágio que acabáramos de conhecer)… água. Não precisa dizer que nunca torcemos tanto para os ventos, os deuses, a sorte… trazer estas baleias para cima dos naufrágios, mas não ocorreu. Fica pra próxima. Aí o Kadu quis voltar para o mesmo segundo ponto de ontem, o local dos check outs, pois apesar da simplicidade do ponto para nós outros três, ele insistiu que o lugar era o que ele precisava para fazer as fotos macros para esta matéria. Bem… o resultado, está estampado aqui !

No quarto dia viajamos  com destino a Puerto Pirámides, no extremo norte do Golfo Nuevo. Aproximadamente 1:15 horas de carro. No trajeto, já dentro do Parque avistamos dezenas de Guanacos – um camelídio – primo mais distante dos dromedários, e mais próximo das Lhamas. Ágeis e tímidos sempre saíam aos pulos da estrada quando nos aproximávamos. Quando  já protegidos pela cerca, que pulam com facilidade, se voltam à nós, para observar e permitirem que tiremos fotos.

Chegamos a Puerto Pirámides e embarcanos em uma enorme lancha na praia. Praia é na areia mesmo. A lancha ainda está sob a carreta quando dezenas de pessoas embarcam. Somos levados à água por um trator gafanhoto. Muito confortável e prático. A lancha percorre a orla e nos leva ao encontro de dezenas de Francas. Tão próximos que, quando estávamos observado uma mãe e filhote, nossa embarcação foi sacudida por duas que imergiram sem perceber que estávamos acima delas. O barco balança e as gigantes voltam a imergir. Pela reação do capitão e da guia parecia a coisa mais normal do mundo ser atropelado por duas baleias.  O passeio é espetacular.  Depois um almoço em um restaurante cujo proprietário morou no Rio de Janeiro. Engraçado, boa praça, só falava conosco em gírias cariocas… era um tal de “é merrmo”, ‘ixcass di peixi”,  “esse é café de padaria de portuguêix”, entre outras. Bem, comida boa aqui, já era praxe.

Em  nosso último dia, ainda pela manhã, sem a luz do sol, fomos recepcionados por um novo guia na porta do hotel. Um senhor simpático, trajando boina e cachecol muito característicos. Avisou-nos que iria nos levar a Rawson, capital da província de Chubut, e a colônia galesa de Gaiman. A cultura galesa é tão forte na região, que a Princesa Diana estabeleceu um intercâmbio para que cidadãos britânicos do País de Gales, recuperassem as tradições visitando Gaiman. Isso porque quando os galeses desembarcaram nesta região da Argentina, o local era tão isolado, que por muitas décadas, eram só eles, e seus costumes, trajes típicos, alimentação, religiosidade e demais tradições, estão preservadas até hoje. Pausa para um “chá típico galês”, o que resultou na maior “comilança” da viagem: tortas negras, de morango, cereja, chocolate, uma variedade enorme de pães doces e salgados, além de café, chocolate quente e claro, o chá inglês.

Esta foi nossa experiência na Patagônia, em junho, especial e com muita vida selvagem. Mas note o quadro a seguir, e veja que ainda tem mais.

Lobos marinhos estão presentes basicamente o ano todo, o que garante um dos melhores mergulhos do planeta, sem dúvida. Entre os meses de junho e dezembro, as baleias Francas Austrais também “recheiam” as águas como tivemos oportunidade de ver.

Entre outubro e abril, em Punta Norte, na Península Valdés, as Orcas freqüentam uma loberia, e a poucos metros da praia, os visitantes podem ser brindados com cenas incríveis, que todo mergulhador já viu em algum programa de natureza, onde orcas vem até a beira da praia para capturar um filhote de lobo marinho desprevenido.  Incrível não por ver um animal simplesmente sendo predado, mas pela força da natureza em um dos seus momentos mais selvagens. Isso é o que fez nosso time se comprometer a voltar neste período.

Também muito próximo da Punta Norte, encontramos outro espetáculo, entre os meses de setembro a abril, em torno de 500 mil Pinguins de Magalhães, entre filhotes e adultos, freqüentam a praia da Estância San Lorenzo para reprodução, um patrimônio da Unesco. A interatividade é total, pois há caminhos onde os visitantes convivem com os milhares de pingüins com uma regra apenas, se alguma família dos pássaros estiver caminhando ou atravessando o caminho demarcado para os visitantes, os primeiros tem prioridade de passagem. E estamos dentro de uma das principais fazendas de criação de carneiros da Patagônia. Então faz parte deste passeio conhecer a criação, e saborear um churrasco fogo de chão onde se degusta o que é segundo os argentinos, o melhor cordeiro assado do planeta. Neste quesito sim, eles têm razão.

Todos os passeios, todas os mergulhos e todas as reservas ou estações ecológicas contam com guias muito especializados no que fazem. Sempre muito dispostos a explicar o ciclo de vida dos animais, as circunstâncias para as melhores avistagens. Complete aí uma disposição igual nos restaurantes e hotéis, e temos uma aula de turismo bem ordenado e cooperativo com a natureza.

Na Argentina contamos com total apoio da Argentina Vision, operador receptivo local que organizou tudo para que conhecêssemos o melhor de Puerto Madryn e a Península Valdés. Além disso, um órgão chamando Entre Meyos, que faz o “meio de campo” entre a Secretaria de Turismo local e a iniciativa privada, foi o responsável pelos nossos contatos iniciais, passagens aéreas a partir de Buenos Aires e quase todas nossas refeições, que foram aulas a parte de boa enogastronomia. Também nossos agradecimentos aos hotéis Península Valdés e Rayentray, que nos acomodaram em vistas deslumbrantes.

Vá em qualquer época do ano. Para mergulhar a água é realmente fria, nos meses de maio a setembro, entre 10 e 12 graus. Entre outubro e abril sobe até 4 graus. Isso significa roupa semi-seca, ou as roupas que tem sobre-peças, com boas vedações nos punhos, tornozelos e ao redor do rosto. Luvas de neoprene no mínimo de 3 mm, idealmente de 5mm, com o capuz. Os operadores cedem sem custo estas luvas e capuz, se não possuem. Não tente dar uma de “macho”, vai na deles. O cuidado da galera das operadoras é muito bom, aguinha quente pra depois do mergulho nas luvas e botas, chocolate quente, sopas, tudo para manter o calor. Nos meses de água mais fria não esqueça do gorro de lã. Nos meses de água mais quente a temperatura do ar é muito boa, podendo passar dos 30 graus no verão, o que ajuda muito (e não esqueça do protetor solar e boné nesta época).

Além disso, levar a criançada e não mergulhadores é uma excelente pedida. Tem muita atividade ao ar livre, não teve um restaurante que “deu errado”, preços são muito bons para roupas, comidas e bebidas, especialmente os “malbecs”, realmente a melhor uva local.

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